terça-feira, 5 de novembro de 2019

Mancha de óleo chega ao Sudeste; Ministério Público é acionado


A aproximação das manchas de óleo, de origem não determinada, do litoral Sudeste levou a MONGUE, a acionar o Ministério Público Estadual e cobrar das autoridades a implantação de medidas de prevenção emergenciais.

“As correntes marítimas devem direcionar o material para a nossa costa em breve, e nós não estamos preparados para impedir a contaminação das praias e manguezais mais importantes da Mata Atlântica brasileira”, afirma Plínio Melo, secretário executivo da Mongue - Proteção ao Sistema Costeiro. A organização protocolou hoje o pedido para que o MP cobre dos poderes municipal, estadual e federal a implantação de planos de emergência para conter a chegada do óleo.

A catástrofe socioambiental que assola o litoral do Nordeste há mais de 60 dias, degradando ecossistemas e a economia local, já se aproxima de praias do Espírito Santo e deve se alastrar pelo Sudeste.

Maior remanescente costeiro de Mata Atlântica, com um sistema de manguezais que se estende entre São Paulo e Paraná, a região abriga quatro unidades de conservação costeiras, ao longo de 227 quilômetros.

“Estamos diante de uma tragédia rodeada de incertezas e desinformação, por isso, acreditamos que é extremamente oportuna a aplicação do princípio da precaução para proteger a costa e a economia do litoral paulista”, completa o secretário executivo.

Constituído pelo Governo do Estado de São Paulo no dia 30 de outubro, um grupo de trabalho multidisciplinar deverá ‘levantar informações e elencar medidas necessárias à prevenção e respostas ao acidente com derramamento de petróleo na costa brasileira’. Responsável pelo grupo, a Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente informou que está colaborando no monitoramento das manchas e que os chefes das unidades de conservação estariam em contato com a população, que deverá ser informada de mais detalhes em reuniões a serem realizadas ‘nos próximos dias’.

Clique para ver a representação (http://bit.ly/oleolitoral) e as justificativas apresentadas pela Mongue.

Desastre sem precedentes

Identificadas pela primeira vez no litoral paraibano, no fim de agosto, as manchas já atingiram mais de 2 mil quilômetros de áreas costeiras nos nove estados do Nordeste. A hipótese apresentada pelas autoridades até o momento é de que o óleo seja de procedência venezuelana e tenha sido descartado, de alguma forma, pelo navio petroleiro de bandeira grega Bouboulina.

A Delta Tankers, proprietária da embarcação, nega que tenha envolvimento no vazamento e cobra das autoridades brasileiras a apresentação de provas que corroborem a suspeita levantada.

Mais de dois meses após o surgimento das primeiras manchas, em 30 de agosto, a Polícia Federal disse ter identificado, em uma imagem de satélite do dia 29 de julho, uma pluma de óleo a 733,2 km da costa brasileira, a leste da Paraíba.

O complexo sistema de movimentação de correntes marítimas do Atlântico Sul trouxe o material para o litoral nordestino e agora ameaça os ecossistemas marinhos da costa Sudeste do país, podendo já ter chegado ao Caribe e estar a caminho da costa africana, como especularam autoridades federais em um grande imbróglio de desinformação.

“É importante identificar e punir os responsáveis, mas a prioridade deve ser proteger os pontos mais sensíveis do litoral, incluindo manguezais, corais e também costões, onde a retirada do material tem se mostrado mais difícil”, afirma Plínio.

sexta-feira, 9 de agosto de 2019

Mongue completa 17 anos de atividades

No dia 9 de agosto de 2002 aconteceu, na sede do Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Peruíbe, a fundação da Mongue Proteção ao Sistema Costeiro.

Hoje, ao comemorar 17 anos de atividades foi dia de descanso e curtir o presente recebido do Instituto Ernesto Zwarg para Mongue e para Peruíbe.

O IEZ, como é carinhosamente chamado, assumiu a linha de frente com toda a garra de Ernesto Zwarg, fundador da Mongue, e nos presenteou com esta belíssima Ação Civil Pública na defesa ambiental de Peruíbe denunciando aterro ilegal, no Bairro Caraguava.

Neste dia reafirmamos nossos propósitos e objetivos  subsidiando os Municípios na elaboração de Planos Municipais de Gerenciamento Costeiro, auxiliando na execução de trabalhos técnicos necessários para o estabelecimento de normas e diretrizes sobre o uso do solo e dos recursos naturais, assim como a correta destinação de recursos públicos.

Esta participação direta ocorria até o ano de 2017 com a presença nos Conselhos Municipais. 

Atualmente a Mongue, afastada de forma espontânea, e o IEZ impedido de participar do Conselho de Meio Ambiente, continuam lutando, sem medo, na defesa do bem comum e do meio ambiente saudável e equilibrado.



sábado, 20 de julho de 2019

"Estadualizar" o AME é traição ao povo de Peruíbe.

O município de Peruíbe vem travando, ha anos, uma dura luta na área de saúde. Nosso velho e eficiente hospital foi sucateado, assim como a Maternidade. 

Há 5 longos anos não nascem crianças em Peruíbe e as internações hospitalares são tão demoradas quanto um “parto”. 

No ano de 2012 conseguimos finalmente transformar em realidade o “Quarteirão da Saúde”, com a construção do AME e UPA, assim como os primeiros passos para a construção de um novo Hospital Municipal. 

Após sete anos continuamos com o AME e UPA sendo os principais equipamentos de atendimento à população e, depois de muitos milhões de Reais gastos, o hospital ainda continua em obras. 

O Golpe? 

O golpe fica evidente com as recentes declarações do atual prefeito que está lutando pela “estadualização” do AME. 

Isto significa que o Ambulatório Médico de Especialidades que serve EXCLUSIVAMENTE nossa cidade passará a atender toda a região. 

Isto é, a partir do momento que o AME passe a ser de responsabilidade do Estado, segundo a legislação, passará, como o AME de Praia Grande, a atender toda a região. 

E o saco de maldades da administração PSDB não para por ai. A estadualização do Hospital será o segundo passo, já em negociação. 

O cidadão de Peruíbe que sofreu para pagar impostos por longos anos e custear as infindáveis obras do hospital terá que entrar na fila do ‘cross” para ter direito a internação em um hospital construído por nós que passará a atender toda a região, sob a gestão estadual. 

Cada um de nós conhece uma história de paciente na UPA que passou horas e até dias esperando internação em outras cidades. Alguns morreram nesta longa espera.

Pois agora, com a proximidade da inauguração do hospital aparece a também provável estadualização do hospital municipal. 

Imagine um paciente, cidadão de Peruíbe, esperando por dias uma vaga no Hospital ESTADUAL de Peruíbe construído por nós e entregue para gestão estadual. 

O final desta história deverá ser sacramentado pelo governo estadual que possivelmente entregará a gestão do AME de Peruíbe e do Hospital de Peruíbe, caso a estadualização se confirme, a uma Organização Social baiana que é dirigida por um famoso médico dono de clínica particular e fundador do PSDB local.

quinta-feira, 11 de julho de 2019

Projetos Políticos destroem Peruíbe.


A cidade de Peruíbe carece de uma identificação cultural. Há tempos nossos governantes administram sem imprimir uma marca que identifique a vocação de nossa cidade.

A luta das entidades do terceiro setor parece sempre esbarrar em entraves políticos partidários ou apoios pessoais. E assim vai passando o tempo e o município perdendo a identidade. 

A aceitação de boas ideias sempre vem atrelada a grupos politico, isto é, se você não é do “grupo” a sua ideia, mesmo sendo boa será descartada.

Cito aqui um projeto criado pela MONGUE PROTEÇÃO AO SISTEMA COSTEIRO que foi apresentado por ex-Vereador e defendido com veemência. Porém quando o vereador se tornou Prefeito o projeto foi esquecido e a orla do Rio virou, como nos tempos de Sodré, um local de descarte de entulho e destruição ambiental.

A urbanização da orla do Rio Guaraú elevaria a qualidade de atendimento do turista, com pequenos quiosques de artesanato e comida tópica, assim como a construção de uma passarela ligando o "bar da Sara" à praia. Como justificou o Vereador: “uma antiga reivindicação de turistas e moradores". 

Onde deveriam ter quiosques, deck, passarela, no Rio Guaraú, como defendia o ex-vereador, temos caminhões jogando entulho de barro e pedras. 

Questionado pelo Ministério Público, pela CETESB e também pela MONGUE tratou o administrador de se defender dizendo que tudo não passava de um mau entendido e que nunca houvera a intenção de despejar entulho no Rio. Tratava-se de um "projeto". 

Eis que surge a verdade - NÃO HÁ PREVISÃO DE RECURSOS PARA OBRAS DE URBANIZAÇÃO NO ENTORNO DO RIO GUARAÚ. 

O projeto, outrora existentes para a região, era a construção de um centro de cultura e ainda obras de urbanização que NUNCA foram considerados nas Leis Orçamentárias – porque a Prefeita à época não inseriu as disposições no projeto final. 

E adivinhem, o atual Prefeito, autor das emendas ao orçamento, também não previu nenhuma obra de urbanização no entorno do Rio Guaraú. De certo, porque a MONGUE, autora do projeto não faz (e nunca fará) parte de grupos políticos partidários. 

Nós da ONG MONGUE vamos continuar atentos e lutando por um destino melhor para nosso bairro, apesar das autoridades locais, disseminarem boatos e mentiras.